Para muitas pessoas, a Web tornou-se uma ferramenta de trabalho e de lazer incontornável. Contudo, as tecnologias que a suportam são cada vez mais complexas.
Quando não são usadas de forma correta podem originar consequências negativas para os utilizadores, tais como erros ou dificuldades de acesso à informação. No caso de sítios Web de organismos públicos, o impacto da falta de qualidade dos seus sítios Web pode ser oneroso.
Num mercado onde não há concorrência e que muitas vezes obriga os cidadãos a usar este canal para interagir com serviços públicos, cabe ao Estado assegurar que os seus sítios Web tenham qualidade e sejam acessíveis a todos os cidadãos, inclusivamente a cidadãos com necessidades especiais. Em estudos anteriores, foi usado um método de avaliação que atualmente apresenta indicadores obsoletos e que estão focados na análise de conteúdos em detrimento de outros indicadores importantes que são privilegiados neste estudo.
Neste estudo realizou-se uma avaliação dos sítios Web de 130 organismos da Administração Pública portuguesa, aplicando um modelo desenvolvido com base na literatura de referência sobre a temática em estudo e o suporte normativo vigente. Um total de 33 indicadores foram analisados, distribuídos por quatro critérios: conteúdos, acessibilidade, usabilidade e eficácia.
Os critérios de usabilidade e eficiência foram usados pela primeira vez num estudo deste género. Face à análise feita, foram detetadas lacunas, erros críticos e faltas de conformidade, pelo que são apresentadas sugestões de melhoria e mecanismos para assegurar o cumprimento dos requisitos de qualidade.