O LTE foi concebido inicialmente para oferecer apenas serviços de dados no intuito de simplificar e reduzir os custos de implementação. Esta estratégia tinha como objectivo potenciar a sua rápida implementação sem que houvesse a necessidade de se criar uma solução para o serviço de voz. Além disso, os operadores teriam tempo para adquirir experiência operacional com a implantação do LTE, antes de adicionar a complexidade da voz1
Peso embora a voz tenha vindo a perder relevância nos últimos anos, continua a gerar grandes receitas para os operadores móveis. Assim, os operadores pretendem continuar a prestar este serviço seja através do recurso a outras redes (2G e 3G), seja através de extensões o protocolo LTE original.
A iniciativa de criação de um padrão de voz nativo LTE que suportasse voz nasceu em 2009, quando 12 operadores móveis formaram um consórcio para criar uma tecnologia que é hoje conhecida por VoLTE.
O VoLTE é baseado na norma do 3GPP IP Multimedia Subsystem (IMS) Multimedia Telephony service (MMTel). Esta norma prevê mecanismos para suportar comunicações multimédia, como voz, vídeo em tempo real, texto, transferência e partilha de ficheiros, etc.
Esta abordagem baseia o serviço de voz em IP, sendo assim totalmente baseado em comutação de pacotes. Isto permite que não haja dependência de outras redes 2G ou 3G para assegurar o serviço de voz.
Quando houver cobertura LTE num determinado território, os operadores poderão finalmente de deixar de investir nas redes 2G e 3G.
- Lte: Voz sobre lte. Disponível em http://www.teleco.com.br/ tutoriais/tutorialintlte/pagina_5.asp [↩]